sábado, 12 de março de 2016

QUE TIPO DE IGREJA QUEREMOS SER?

          Atualmente apresentam-se vários modelos de igreja. Líderes e teóricos idealizam modelos eclesiásticos e estratégias de crescimento de igreja, e depois submetem as igrejas a seus experimentos. Os resultados são alardeados, e cada um apresenta a sua “receita” de igreja bem sucedida. Existem pra todos os gostos: igreja em célula, igreja com propósitos, igreja familiar, igreja no modelo dos 12, igreja primitiva, igreja apostólica, etc. A última novidade é a igreja emergente. Trata-se de um modelo eclesiástico que procura amoldar-se ao contexto cultural da sociedade, fazendo do espaço físico da igreja o ponto de convergência para as várias “tribos” ao oferecer simultaneamente atrações que agradem a todos. Para este tipo de igreja o mais importante não é o conteúdo da fé cristã, mas a sensação de bem estar alcançado por meio das experiências oferecidas pela igreja. Assim, ao mesmo tempo em que o culto é realizado, pode estar acontecendo uma peça teatral em outra dependência do templo, enquanto no café da igreja “rola” a apresentação de uma banda. Enquanto isso, também pode estar acontecendo uma dinâmica em grupo de terapia familiar e uma clínica de crescimento profissional. O cardápio deve ser variado para atender a todos os gostos.
            Por outro lado, percebemos também outras igrejas que se fecham em si mesmas, esquecendo-se de sua natureza e missão, e não prestam atenção às necessidades e clamores da sociedade e do mundo ao redor. Contentam-se em fazer da igreja um local, e não o Corpo de Cristo. Fazem da vida cristã um conjunto de rituais, e não vida de compromisso e relacionamento com Deus. No fim das contas, são parecidas com as igrejas que procuram soluções humanas para seu crescimento: são todas igrejas que perdem sua verdadeira identidade.
         A identidade de uma verdadeira igreja de Cristo é definida pela sua natureza e missão. Se não mantivermos nossa natureza, e mudarmos nossa missão, deixaremos de ser verdadeira igreja de Cristo. Podemos nos tornar um centro de artes, clube social, organização filantrópica, fraternidade política, comunidade terapêutica, ou qualquer outra coisa. A Bíblia, que é o registro fiel da Revelação de Deus, é quem define nossa identidade como crentes e como Igreja de Cristo. Precisamos continuar dependendo de Deus e aprendendo com a Bíblia para que tenhamos sempre bem claro em nossas mentes e corações qual a nossa natureza e missão. Nossos métodos e estratégias precisam estar sempre em consonância com nossa verdadeira identidade, e por tanto, com a Bíblia. Métodos e estratégias não substituem vidas comprometidas com Deus, com sua Palavra, e com a oração. Nem podem ser mais valorizados que a atuação de Deus, que buscamos por meio da oração.
      Cabe-nos esta reflexão: que tipo de igreja queremos ser? Fria, acomodada, secularizada? Descaracterizada e conformada ao mundo? Centrada em si mesma? Procurando soluções humanas? Ou queremos ser igreja que realmente apresenta Cristo ao mundo? Decidamos pela Palavra de Deus, e vivamos vidas coerentes com ela, para que continuemos a ser verdadeira Igreja de Cristo, sal da terra e luz do mundo, anunciando as boas novas de salvação até que volte o Senhor Jesus Cristo.

quinta-feira, 10 de março de 2016

A VERDADEIRA PRÁTICA DO CRISTIANISMO

      É comum, até mesmo entre os evangélicos, uma prática religiosa contemplativa. Esta se restringe a buscar sentir a presença gloriosa de Deus, deixando de lado as atitudes ou frutos que o Senhor Jesus ordenou que produzíssemos. Ao contemplar a glória do Senhor Jesus transfigurado conversando com Elias e Moisés, Pedro declarou: “bom é estarmos aqui”, e propôs a Jesus que permanecessem ali. Jesus não aceitou a proposta, e desceu do monte junto com Pedro, Tiago e João ao encontro dos outros discípulos e da multidão necessitada que o aguardava. Jesus queria mostrar aos seus discípulos a sua glória, mas também quis ensinar-lhes que seu lugar não era ali, mas junto à multidão que necessitava dele (Marcos 9:2 – 29).
      Há ocasiões em que nos comportamos como Pedro, e queremos ficar somente no alto do monte, contemplando a glória de Jesus. Como são maravilhosos os momentos que passamos em oração ou cultuando a Deus. Muitas vezes, ficamos maravilhados como Pedro ficou. Entretanto, a vida cristã não consiste somente nisto. Jesus ensinou que precisamos produzir frutos que glorifiquem a Deus (João 15:8). O primeiro é a obediência aos mandamentos de Jesus (João 15:8-15). O segundo fruto é a prática do amor (João 15:17), e o terceiro, a santificação (João 15:18 – 19). Finalmente, o último fruto mencionado, e não menos importante, é o testemunho de Cristo (João 15:26 – 27).
      A vida cristã não consiste em querer ver a glória de Deus, mas em buscar torná-la visível ao mundo através dos frutos que produzimos. E não é isolados, no alto do monte, que iremos produzi-los, mas no meio da multidão necessitada. Nossa comunhão com Deus não deve servir apenas como meio de prazer espiritual. Ela deve, antes de tudo, nos preparar para servi-lo produzindo os frutos que o Senhor Jesus ordenou.

quarta-feira, 9 de março de 2016

A BÍBLIA É HOMOFÓBICA?

      Assisti a um vídeo em que um "pastor" gay afirmava que a tradição judaico-cristã era um entrave à causa LBGT, e que cristãos deveriam ser mais humanistas e menos bíblicos. Em suas palavras há um peso de acusação contra a Bíblia e a tentativa de estabelecer o pensamento humano como referencial para uma nova ética cristã.
      É evidente que os ensinamentos da Bíblia condenam a prática do homossexualismo, colocando-o como algo totalmente oposto ao que Deus planejou e criou. O livro de Gênesis declara que Deus criou o ser humano somente com dois sexos: macho e fêmea, e para terem relacionamento sexual monogâmico duradouro, afetuoso e responsável somente entre os dois sexos (Gênesis 1:27-28, 2:18, 21-24). Basta a observação da constituição genética, anatômica e fisiológica dos seres vivos para constatarmos que a Bíblia está com a razão.
      Durante os anos 80 e 90, muita pesquisa científica foi feita para provar que haveria uma causa biológica para o homossexualismo, que determinaria esta condição do indivíduo desde a sua gestação. Não houve nenhuma comprovação a respeito disto. Em compensação, muitas estatísticas sobre o assunto foram realizadas, apontando causas emocionais e comportamentais. Ninguém nasce homossexual. Alguns fatores podem levar o individuo a tornar-se assim, como por exemplo, modelo feminino dominante, violência sexual na infância, e em muitos casos indução às práticas homossexuais durante a infância. Outra constatação é que o homossexualismo é causa de grande tormento interior. Militantes da causa gay afirmam que isto é resultado da discriminação da sociedade. Entretanto, mesmo nos países mais liberais, homossexuais sofrem conflito interior por contrariarem sua natureza original de homem ou de mulher.
      A Bíblia aponta como causa principal para o homossexualismo a condição pecaminosa do ser humano, que busca prazeres desenfreadamente para preencher seu vazio existencial causado por sua alienação e rebeldia em relação a Deus (Romanos 1:21-32). Portanto, o homossexualismo é pecado, tal como mentira, adultério, cobiça, violência, egoísmo, orgulho, inveja, ganância, idolatria, etc. O homem possui autodeterminação, e assim pode escolher a busca da cura para algo que contraria a perfeita vontade de Deus e torna a si mesmo infeliz. Se não faz assim, arcará com todas as consequências. O Velho Testamento condena o homossexualismo como pecado e ordena que os que o praticam sejam mortos, como também os adúlteros (Levítico 20:13, Deuteronômio 22:22). No Novo Testamento Jesus, que é a culminação da revelação de Deus, aboliu este tipo de pena de morte, mas deixou claro que a pessoa deve mudar de atitude para ter o seu perdão (João 8:1-11). Ou seja, o indivíduo prestará contas a Deus. A Bíblia afirma que quem não renuncia ao pecado e não aceita o perdão de Jesus não entrará no Céu, e na lista dos pecados é mencionada também a sodomia (I Coríntios 6:9). O fato de a Bíblia confrontar-nos com nossos pecados é para o nosso bem, pois a vontade de Deus é boa, perfeita e agradável (Romanos 12:2). Se alguém não aceita isto, além de prejudicar a si mesmo, prestará contas a Deus. A Bíblia ensina também que Jesus morreu para salvação de todos os pecadores, o que inclui também os homossexuais (João 3:16, Romanos 5:8). Todo pecador, incluindo o homossexual, precisa arrepender-se, aceitar o perdão de Jesus, buscar forças em Deus e a ajuda dos irmãos para vencer suas fraquezas.
     A Bíblia não discrimina os homossexuais, pois afirma que todos são pecadores, inclusive eles (Romanos 3:23). Deus não discrimina os homossexuais, pois Jesus morreu por todos os pecadores, inclusive eles (Romanos 5:6, I Coríntios 15:3, II Coríntios 5:15). A Bíblia ensina que todos os pecadores precisam arrepender-se, mudar de atitude, e aceitar o perdão e o senhorio de Jesus, inclusive os homossexuais. A Bíblia, portanto, não discrimina ninguém e ensina a fazermos o bem a todos (Gálatas 6:10). Para os militantes gays manifestar opinião contrária ao seu estilo de vida é homofobia. Na realidade, é direito de expressão. Homofobia é o desejo ou prática de privar o homossexual de seus direitos de cidadão. Isso nenhum verdadeiro cristão deve fazer.
      Os militantes gays e suas organizações são articulados e usam bem a mídia, de tal maneira que conseguiram influenciar a sociedade. Por isto hoje é "politicamente correto" apoiar o homossexualismo como opção sexual e estilo legítimo de vida que não traria nenhum prejuízo ao indivíduo, família ou sociedade. Assim, as pessoas não têm coragem de discordar do que é “politicamente correto”, e consentem com algo extremamente danoso. A Bíblia não é homofóbica, mas deixa claro que o homossexualismo é condenado por Deus, e que ele tem poder para restaurar o pecador arrependido. Como dizia Billy Graham “Deus ama infinitamente ao pecador, mas abomina totalmente o pecado”.

Pr. Dalton de Souza Lima