quinta-feira, 9 de junho de 2011

BISPOS BATISTAS??!! (ou o perigo da “marcha à ré” eclesiástica)

Incrível, mas já chegou ao nosso meio. Já há caso de pastor batista aceitando o título de bispo. A justificativa é pastorear uma igreja que dá “cobertura espiritual” a outras igrejas, e ser um pastor que pastoreia outros pastores. Trata-se de conceito muito semelhante ao católico-romano, e ao de algumas igrejas evangélicas de tradição protestante (metodistas, anglicanos), bem como de muitos grupos neo-pentecostais: o bispo é aquele que exerce algum tipo de autoridade sobre determinado número de paróquias ou igrejas, e conseqüentemente, também sobre seus párocos ou pastores. Tal conceito é totalmente antagônico ao princípio batista de autonomia das igrejas. Também é totalmente discrepante dos ensinamentos da Bíblia sobre o ministério pastoral. Portanto, um batista aceitar o título de bispo, segundo essa concepção, pode indicar falta de convicção doutrinária, ignorância a respeito de determinados ensinamentos das Escrituras, ou quem sabe, até mesmo o desejo de glória humana.

Sabemos que, no Novo Testamento, aquele que exerce o ministério pastoral é designado por três nomes: pastor, presbítero (ancião) e epíscopo (bispo). Tais nomes designam diferentes aspectos de uma mesma função. Presbítero destaca a respeitabilidade e a sabedoria que o pastor deve exercer. Epíscopo significa aquele que preside, supervisiona, ou seja, o líder do rebanho. E pastor destaca o cuidado que o ministro de Deus deve dispensar ao seu rebanho, especialmente no que diz respeito ao alimento espiritual da Palavra de Deus. Veja-se, por exemplo, o texto de Atos 20:17-28, em que as três designações aparecem referindo-se às mesmas pessoas. O mesmo ocorre também em Tito 1:5-7. Portanto, no sentido bíblico, todo pastor é também presbítero e bispo.

            Quem cuida espiritualmente dos pastores? Cada pastor cuida de si mesmo, através de sua comunhão com o Senhor Jesus e de sua vigilância (I Timóteo 4:16). Sua igreja também deve cuidar dele, e também outros pastores que estejam ligados a ele de alguma forma (I Timóteo 5:17:20, Gálatas 2:11). Mas não encontramos na Bíblia a figura específica de um pastor de pastores.
            Como apóstolo, Paulo tinha sobre si a responsabilidade do cuidado de muitas igrejas (II Coríntios 11:28). Mas o seu cuidado dizia respeito estritamente ao aspecto doutrinário (como atestam as epístolas que escreveu a elas), e não ao governo das igrejas. Ao regressar de sua primeira viagem missionária fortalecendo as novas igrejas, Paulo respeitou a sua autonomia. Ele não escolheu pessoalmente os seus líderes, mas instruiu cada igreja para que os elegesse (Atos 14:21-23). Além disto, não existem mais apóstolos (Atos 1:21-26). Portanto, não encontramos nas Escrituras a idéia de bispos tendo sobre si o cuidado de outras igrejas ou pastores. Quem tem a tarefa do cuidado espiritual de todas as igrejas e pastores é o nosso sumo pastor, o Senhor Jesus Cristo (I Pedro 2:24-25).
Contudo, bem cedo o cristianismo sofreu desvios doutrinários. Já à época dos chamados “pais apostólicos” (90 a 150 d.C.), nota-se o surgimento da idéia de um bispado monárquico, ou seja, a tendência de atribuir a um pastor a primazia sobre os demais pastores locais, dando-lhe o título de bispo Os bispos eram apresentados como guardiões da pureza doutrinária e da unidade. Clemente chegou a insistir que os bispos são sucessores dos apóstolos. Mais tarde, outros líderes atribuíram a esses bispos outros poderes e prerrogativas especiais. Cipriano de Cartago (século III) afirmou que os bispos são os portadores do Espírito Santo, e que dirigem as congregações como representantes de Cristo A instituição do bispado monárquico originou uma hierarquia que culminou no reconhecimento da primazia do bispo de Roma sobre os demais bispos. Estava destruída a autonomia local da igreja. Também diminuído e amordaçado o ministério pastoral, sujeito não mais à autoridade das Escrituras e da própria consciência, mas a outros homens em situação superior na política eclesiástica.
Na reforma protestante, algumas idéias e práticas do catolicismo romano foram mantidas, entre elas a da igreja territorial e centralizada, sendo governada por bispos que exercem autoridade sobre igrejas e pastores. Atualmente, quase todos os grupos neo-pentecostais copiam esse modelo episcopal, estando no topo de sua hierarquia a figura do “apóstolo”. Será que nós, batistas, também chegaremos lá? Se não recuperarmos nossa capacidade de reflexão crítica, e continuarmos a copiar e a tolerar tudo, chegaremos lá, sim, e “de marcha à ré”.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

DITADURA GAY

A pretexto de combate à homofobia está se instalando uma verdadeira ditadura gay em nosso país. Tanto quanto os gays têm direito à sua escolha, os demais também têm o direito de expressar sua opinião contrária às práticas homossexuais. Entretanto, a militância gay quer nos colocar uma mordaça. Aqueles que ousam pronunciar-se abertamente contra tais práticas são alvos de processos, isso sem falar da detração publica realizada pela imprensa “politicamente correta”. Censura de opiniões é típico de ditaduras. Liberdade de opinião não pode ser confundida com homofobia. Na realidade, a negação dos direitos do homossexual à vida e à cidadania é que constitui-se em homofobia. Se o indivíduo quer ser homossexual a escolha é de sua inteira responsabilidade, mas nós temos o direito de manifestar nossa opinião a respeito. Podemos discordar de qualquer coisa, menos do homossexualismo?
Outra das características de uma ditadura é o uso da estrutura governamental para impor propaganda de suas idéias. Nosso governo federal está claramente a serviço da propaganda gay. A Secretaria de Direitos humanos, que tem status de ministério, elaborou o “kit gay” para ser distribuído pelo Ministério da Educação e Cultura nas escolas. A pretexto de combate à homofobia, o homossexualismo é apresentado às crianças de forma despudorada, e como se fosse atitude digna de apreciação e imitação. Que efeito pode ter em mentes ainda em formação? Será que o objetivo não é induzir ao homossexualismo? Há uma grande diferença entre esclarecimento e conscientização para a tolerância em relação aos gays e uma apologia descarada ao homossexualismo apresentada às crianças. Por que a Secretaria dos Direitos humanos e o Ministério da Educação e Cultura não realizam uma campanha contra o bullying, a horrível prática, tão difundida nas escolas, de intimidar ou agredir os indivíduos mais fracos ou considerados diferentes pelo grupo? Porque a “causa gay” é a prioridade. É como se os responsáveis pelo “kit gay” estivessem nos dizendo: os outros podem ser perseguidos e hostilizados na escola, menos os gays.
Nossa sociedade, em sua maioria, é contrária a imposição do homossexualismo, e deve ser respeitada. Que não nos imponham uma supremacia gay. Diante da lei e das instituições governamentais todos devem receber o mesmo tratamento. Infelizmente este princípio também não é respeitado pelas ditaduras.