Tempos atrás
vi a foto de um feto abortado. Não era um feto quase microscópico, do início da
gestação, a respeito do qual se discute se já é vida humana ou não. Era uma
criança já perfeitamente formada, aguardando o amadurecimento de seus órgãos
para sobreviver no mundo exterior. Seu aspecto era o de um bebê adormecido. Mas
na verdade era uma vida covardemente assassinada antes de vir à luz do sol.
Mais triste é que não se trata de um caso isolado. A maior parte dos abortos ocorre
em fases intermediárias ou avançadas da gestação.
Antes de ser
um problema de saúde pública, o aborto livre é uma aberração ética. É também o
terrível sintoma de uma sociedade irresponsável e apodrecida em seus valores,
pois se afastou de Deus. Ao invés de praticar o sexo segundo os padrões
estabelecidos por Deus e de realizar o planejamento familiar, comete-se a
monstruosa irresponsabilidade de matar vidas inocentes. Alguns momentos fugazes
de prazer físico justificam isto?
A verdade é
que o aborto já é legalizado no Brasil para os casos realmente necessários. Sob
o pretexto de que a mulher é dona do seu corpo, o que se pretende agora é a
legalização da matança dos inocentes. Uma criancinha em gestação não é uma
extensão do corpo da mulher: seus genes comprovam que é um novo ser que ali
está sendo gestado, nutrido e protegido pelo corpo da mãe. Deve ser respeitado
e amado. As mulheres que injustificadamente decidem pelo aborto ficam, em sua maioria, profundamente traumatizadas, pois cometem violência também contra si mesmas. Há
milhares de casais desejando uma criancinha para adotar e amar como filho. Se
uma mulher não tem estrutura para criar uma criança, porque não entrega-la para
adoção, ao invés de praticar tamanha iniquidade? Porque nossos deputados e senadores, ao invés de pretenderem a legalização do aborto indiscriminado, não responsabilizam o estado e cobram dele uma política mais efetiva de adoções?
Não nos
rendamos aos valores iníquos deste mundo que jaz no Maligno. Ergamos bem alto
as nossas vozes para que a sociedade ouça um sonoro não ao aborto. Como povo de
Deus, somos profetas de nossos dias.
Dalton S. Lima