domingo, 10 de março de 2024

ABORTO: MALDADE IRRESPONSÁVEL

 Salvo os casos já estabelecidos na lei de nosso país, não consigo entender a necessidade do aborto. Há um grande empenho dos movimentos e partidos de esquerda, bem como da grande mídia, pela legalização do aborto indiscriminado e até os 9 meses de gestação. Alegam vários motivos para não trazer ao mundo um bebê indesejado. Mas, se há tantos meios eficazes e amplamente acessíveis de se evitar a gravidez, porque partir para o aborto como solução? Matar uma vida indefesa dentro do ventre da mãe pode ser considerado uma solução? Tenho pesquisado sobre o aborto, e é um procedimento no mínimo desumano com o feto. Muitas mães que optam pelo aborto sofrem sequelas emocionais pelo resto da vida, por mais que suas consciências tentem justificar o ato. Isso sem mencionar possíveis sequelas físicas.

O feminismo, que hoje tanto milita em favor do aborto livre, criou a máxima “meu corpo, minhas regras” para tentar justificar o aborto. Entretanto, uma criança em gestação não é, de forma alguma, uma parte descartável do corpo da mulher. É um novo ser, diferente dela. A prova física é que possui material genético próprio e diferenciado. É uma nova vida cujos pais, ou a mãe, tem a responsabilidade e o privilégio de amar, cuidar, e proteger.

Vivemos hoje a pecaminosa cultura da irresponsabilidade: as pessoas não querem ser responsáveis por seus atos e consequências. Adolescentes, jovens, e adultos também, “divertem-se” com sexo irresponsável, fora do casamento, e nem se dão ao trabalho de usar os meios contraceptivos. Se a gravidez ocorre, partem para o aborto. A um erro acrescentam outro abominável. Também há casais que utilizam aborto como meio de planejamento familiar. Novamente pergunto: porque, se há tantos meios contraceptivos?

Além da irresponsabilidade, existe a maldade do desprezo à vida humana: se a chegada de uma criança vai trazer “problemas” indesejáveis, então ela é morta enquanto ainda não é conhecida. Numa atitude cínica e hipócrita, os abortistas pensam que as consequências emocionais e sociais não serão tão graves quanto matar uma criança já nascida (esquecem que Deus vê e se indigna, e trará tudo a juízo). Nossa cultura pervertida vê as crianças como estorvos. Mas a Bíblia ensina que filhos são bênçãos de Deus.

A França acaba de legalizar o aborto, e em muitos outros países este processo está em curso. Mas mesmo que o nosso país também o faça, vai continuar sendo pecado. Não podemos nos deixar influenciar pelos valores deste mundo que jaz no maligno. Devemos ser sal da terra e luz do mundo (I João 5:19, Mateus 5:13-15). Temos o dever de denunciarmos o pecado e lutarmos contra as trevas. Senão seremos cúmplices por omissão (Efésios 5:11-13. Amemos as crianças antes mesmo de sua gestação e as protejamos, ensinemos aos nossos filhos os princípios bíblicos, o valor da vida humana, e a responsabilidade. Anunciemos ao mundo o juízo e a justiça de Deus. Ele nos pedirá contas destas coisas (Ezequiel 3:18-21).

pr. Dalton de Souza Lima


quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

COMO JOÃO BATISTA

 João Batista foi grande diante de Deus, e Jesus afirmou que ele foi o maior de todos os homens (Lucas 1:15, Mateus 11:11). Sua missão foi preparar o povo para o ministério de Jesus (Lucas 1:76-77). Fez isso mostrando o pecado do povo e chamando-o ao arrependimento, além de anunciar que o Messias estava entre eles (Lucas 3:7-18, João 1:19-38). É preciso estar consciente do pecado e arrependido para aceitar o perdão de Cristo.

      Grande diante de Deus, mas perseguido pelos poderosos. João batista denunciou o pecado de Herodes ao adulterar com a esposa de seu irmão, e todas as outras maldades que cometeu (Lucas 3:19). Herodes o prendeu por isso, e Herodias, a esposa do irmão de Herodes, usou de um estratagema para conseguir a execução de João Batista (Mateus 14:1-11).

     Porque João Batista não continuou seu ministério sem acusar o pecado do rei? Porque fazia parte de sua missão. E Jesus não o censurou por isso. Tranquilizou-o antes de sua execução, e afirmou que ele era o maior profeta que já existiu (Lucas 7:19-28). João Batista foi fiel à sua missão até o fim, e pagou um alto preço por isso.

     Como João Batista, somos profetas na nossa geração. Pregamos o Evangelho chamando o povo ao arrependimento e à fé em Cristo, pois o juízo de Deus é certo. E denunciamos o pecado mesmo dos poderosos. Estamos dispostos a pagar o preço?

terça-feira, 30 de janeiro de 2024

FIDELIDADE DOUTRINÁRIA VERSUS DEVOÇÃO CRISTÃ

    É muito preocupante o fato de alguns escritores e preletores afirmarem ou insinuarem que a fidelidade doutrinária é antagônica à devoção cristã. Trata-se de uma falácia perigosa. É a fidelidade às doutrinas bíblicas que nos leva à verdadeira devoção cristã. Sem ela, nossa devoção descamba para o fanatismo, superstição, mera religiosidade ou ativismo humanista. Por isso o Inimigo trabalha tanto contra a sã doutrina. Em seu desejo de destruir a obra de Deus, ele procura desvalorizar as doutrinas bíblicas e sbstituí-las pelo marketing religioso, auto-ajuda espiritual, diversão eclesiástica e ativismo social. É justamente por falta de doutrina bíblica que presenciamos tanto mundanismo e graves desvios: "por falta de conhecimento meu povo é destruído" (Oseias 4:6). "Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo grande desejo de ouvir coisas agradáveis, ajuntarão para si mestres segundo os seus próprios desejos"(II Timóteo 4:3).

      Paulo é o exemplo vivo de que não existe contradição entre doutrina e devoção. Trabalhou intensamente pela firmeza doutrinária das igrejas, ensinando-as e corrigindo-as pessoalmente e por meio das epístolas, e exortou-as a rejeitar os falsos mestres (Romanos 16:17-18, I Corítios 2:1-2, Gálatas 1:6-9, Efésios 4:14, II Timóteo 4:3). Instruiu também os pastores que o sucederiam a serem fiéis à sã doutrina (Tito 1:7-9, 2:1, I Timóteo 1:3, 4:6 outros). Mas foi também um crente totalmente devotado a Deus, voltado para a pregação do Evangelho e para a prática das virtudes cristãs.

      A primeira igreja cristã era cheia de vida, com uma comunhão verdadeira e vigoroso testemunho de Cristo. Mas a sua primeira característica apresentada foi a perseverança na doutrina dos apóstolos (Atos 2:42). Isso demonstra que para ser verdadeira igreja e cumprir sua missão é necessário, antes de tudo, firmar-se na doutrina dos apóstolos.

      Portanto, não caiamos na sutileza falaciosa de uma devoção destituída de fidelidade doutrinária. E lembremo-nos que a nossa principal função como pastores é o ensino da Palavra. Assim sendo, dediquemo-nos a ensinar a sã doutrina. "Tu, porém, fala o que convém à sã doutrina." (Tito 2:1)

Dalton S. Lima