sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

CRIACIONISTAS SIM, FUNDAMENTALISTAS NÃO

Os inimigos intolerantes do criacionismo são muito hábeis no uso de sua estratégia de fazer crer que criacionismo é sinônimo de fundamentalismo. Utilizam-se do fato de que é uma das crenças defendidas pelos fundamentalistas. Entretanto, existem outras características que definem o fundamentalismo protestante, como, por exemplo, o seu conceito de inspiração da Bíblia (ditado verbal), a predestinação calvinista, a escatologia pré milenista, e a hermenêutica tendenciosa a desconsiderar contextos históricos, literários e gramaticais. Portanto, fundamentalista é aquele que abraça o conjunto de postulados teológicos que caracterizam o fundamentalismo. Quem opta pelo criacionismo como explicação para a existência do universo e dos seres vivos não é necessariamente um fundamentalista.
Os inimigos intolerantes do criacionismo também alegam a similaridade com o fundamentalismo afirmando que os criacionistas lutam pela inclusão do ensino do seu ponto de vista nas escolas. É importante distinguir que os fundamentalistas lutaram pela proibição do ensino da teoria evolucionista nas escolas de alguns estados dos Estados Unidos da América. Defender a inclusão do ensino do criacionismo nas escolas é uma atitude totalmente diferente, pois não há nada de irracional ou anticientífico em que as pessoas conheçam os dois lados da questão. Mas o que acontece atualmente é que muitas informações científicas não chegam aos bancos escolares e nem à mídia. E se uma aberração científica como a teoria da evolução pode ser ensinada nas salas de aula, porque o criacionismo, que possui ampla base filosófica e científica, não pode também ser ensinado? Será que a dificuldade para que isto aconteça é de natureza ideológica, e não científica?
Li a obra de Charles Darwin “A Origem das Espécies”. Se a genética e a bioquímica já existissem à sua época, bem como outros ramos da ciência, sua teoria seria rejeitada, e quem sabe, até cairia no esquecimento. Mas hoje já temos a genética e a bioquímica. Michael Behe, por exemplo, bioquímico da Universidade de Lehigh, Pensilvânia, EUA, demonstra em seu livro “A Caixa Preta de Darwin” (Ed. Zahar, 1997) como os intrincados processos químicos que ocorrem nos seres vivos contrariam totalmente a “lógica” evolucionista e apontam para um planejamento inteligente dos seres vivos. Outro exemplo de informação negada aos alunos escolares: A idade atribuída à terra, e o tempo atribuído às etapas formadoras de suas características propícias à existência de vida, não dão tempo suficiente para que o surgimento da vida e a evolução das espécies tenha acontecido (Heeren, Fred. Mostre-me Deus. Clio Editora. p. 53). Além disto, o astrofísico Edward Argyle, usando a teoria da informação, que a mede em bits, concluiu que parece impossível que a vida tenha surgido do acaso, pois as informações contidas nos códigos genéticos são muito grandes e complexos. Mesmo partindo de um caldo riquíssimo em substancias orgânicas, não se chegaria a mais que 200 bits, quando uma simples bactéria E. Coli contém 6 milhões de bits de informação em seu código genético (opus cit p. 92). É estarrecedor que, diante das descobertas científicas, a teoria da evolução continue monopolizando a mídia. O que queremos é que todos tenham acesso a todas as informações.
À que se presta, em última análise, a defesa do Evolucionismo? É patente que a teoria evolucionista serve à tentativa de eliminar Deus da existência humana. O biólogo evolucionista Richard Dawkins, autor de “Deus, Um Delírio”, é ferrenho defensor do ateísmo. O documentário “Porque Há Algo Errado com o Ateísmo”, levado ao ar pela emissora de tv Infinito no dia 29 de março de 2010, apresentou a estatística de que 75% dos ateus tornaram-se assim ao terem contato com as idéias de Charles Darwin.

O início do capítulo III da Declaração Doutrinária da Convenção Batista Brasileira afirma que “Por um ato especial, o homem foi criado por Deus à sua imagem e conforme a sua semelhança, e disso decorrem o seu valor e dignidade (Gênesis 1:26-31; 18:22; 9:6; Salmos 8:1-9, Mateus 16:26)”. Notem que ela concorda com a narrativa bíblica ao afirmar que o homem foi criado por um “ato especial” de Deus, e não por um processo evolutivo. Nossa Declaração Doutrinária, de embasamento teológico ortodoxo, é criacionista, sem sombra de dúvida. Assim sendo, ao optarmos pelo criacionismo, estamos optando racional e biblicamente pelas doutrinas batistas.
Dalton S. Lima

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