Os inimigos
intolerantes do criacionismo são muito hábeis no uso de sua estratégia de fazer
crer que criacionismo é sinônimo de fundamentalismo. Utilizam-se do fato de que
é uma das crenças defendidas pelos fundamentalistas. Entretanto, existem outras
características que definem o fundamentalismo protestante, como, por exemplo, o
seu conceito de inspiração da Bíblia (ditado verbal), a predestinação
calvinista, a escatologia pré milenista, e a hermenêutica tendenciosa a
desconsiderar contextos históricos, literários e gramaticais. Portanto,
fundamentalista é aquele que abraça o conjunto de postulados teológicos que
caracterizam o fundamentalismo. Quem opta pelo criacionismo como explicação
para a existência do universo e dos seres vivos não é necessariamente um
fundamentalista.
Os inimigos
intolerantes do criacionismo também alegam a similaridade com o fundamentalismo
afirmando que os criacionistas lutam pela inclusão do ensino do seu ponto de
vista nas escolas. É importante distinguir que os fundamentalistas lutaram pela
proibição do ensino da teoria evolucionista nas escolas de alguns estados dos
Estados Unidos da América. Defender a inclusão do ensino do criacionismo nas
escolas é uma atitude totalmente diferente, pois não há nada de irracional ou
anticientífico em que as pessoas conheçam os dois lados da questão. Mas o que
acontece atualmente é que muitas informações científicas não chegam aos bancos
escolares e nem à mídia. E se uma aberração científica como a teoria da
evolução pode ser ensinada nas salas de aula, porque o criacionismo, que possui
ampla base filosófica e científica, não pode também ser ensinado? Será que a
dificuldade para que isto aconteça é de natureza ideológica, e não científica?
Li a obra de
Charles Darwin “A Origem das Espécies”. Se a genética e a bioquímica já
existissem à sua época, bem como outros ramos da ciência, sua teoria seria
rejeitada, e quem sabe, até cairia no esquecimento. Mas hoje já temos a
genética e a bioquímica. Michael Behe, por exemplo, bioquímico da Universidade
de Lehigh, Pensilvânia, EUA, demonstra em seu livro “A Caixa Preta de Darwin”
(Ed. Zahar, 1997) como os intrincados processos químicos que ocorrem nos seres
vivos contrariam totalmente a “lógica” evolucionista e apontam para um
planejamento inteligente dos seres vivos. Outro exemplo de informação negada
aos alunos escolares: A idade atribuída à terra, e o tempo atribuído às etapas
formadoras de suas características propícias à existência de vida, não dão
tempo suficiente para que o surgimento da vida e a evolução das espécies tenha
acontecido (Heeren, Fred. Mostre-me Deus. Clio Editora. p. 53). Além disto, o
astrofísico Edward Argyle, usando a teoria da informação, que a mede em bits,
concluiu que parece impossível que a vida tenha surgido do acaso, pois as
informações contidas nos códigos genéticos são muito grandes e complexos. Mesmo
partindo de um caldo riquíssimo em substancias orgânicas, não se chegaria a
mais que 200 bits, quando uma simples bactéria E. Coli contém 6 milhões de bits
de informação em seu código genético (opus cit p. 92). É estarrecedor que,
diante das descobertas científicas, a teoria da evolução continue monopolizando
a mídia. O que queremos é que todos tenham acesso a todas as informações.
À que se presta,
em última análise, a defesa do Evolucionismo? É patente que a teoria
evolucionista serve à tentativa de eliminar Deus da existência humana. O
biólogo evolucionista Richard Dawkins, autor de “Deus, Um Delírio”, é ferrenho
defensor do ateísmo. O documentário “Porque Há Algo Errado com o Ateísmo”,
levado ao ar pela emissora de tv Infinito no dia 29 de março de 2010,
apresentou a estatística de que 75% dos ateus tornaram-se assim ao terem
contato com as idéias de Charles Darwin.
O início do
capítulo III da Declaração Doutrinária da Convenção Batista Brasileira afirma
que “Por um ato especial, o homem foi criado por Deus à sua imagem e conforme a
sua semelhança, e disso decorrem o seu valor e dignidade (Gênesis 1:26-31;
18:22; 9:6; Salmos 8:1-9, Mateus 16:26)”. Notem que ela concorda com a
narrativa bíblica ao afirmar que o homem foi criado por um “ato especial” de
Deus, e não por um processo evolutivo. Nossa Declaração Doutrinária, de
embasamento teológico ortodoxo, é criacionista, sem sombra de dúvida. Assim
sendo, ao optarmos pelo criacionismo, estamos optando racional e biblicamente
pelas doutrinas batistas.
Dalton S. Lima
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