terça-feira, 10 de dezembro de 2013

OS NÃO TÃO INOCENTES ÍDOLOS TEENS


            Segundo a revista Veja, Joe Jonas, do apreciado grupo musical teen Jonas Brothers, afirmou que começou a fumar maconha aos 17 anos convencido por Miley Cyrus e por Demi Lovato. À época Miley Cyrus estrelava o seriado adolescente Hannah Montana. Hoje ela tenta firmar-se como cantora por meio de performances quase pornográficas. Outro ídolo teen considerado "inocente" é Justin Bieber. Em sua agenda de shows no Brasil cometeu impropriedades, abusos e grosserias fartamente divulgadas pela imprensa. Recentemente gravou um clip com insinuações sexuais para divulgar uma de suas músicas. Há muitos outros astros, adolescentes ou não, gravando canções agradáveis e envolventes, posando com carinhas simpáticas de boas moças e rapazes, tendo, entretanto, condutas totalmente anticristãs.

            Fico imaginando qual será a influência do comportamento destes artistas sobre as vidas das crianças, adolescentes e jovens que aprenderam a aprecia-los e até a idolatra-los, muitas vezes até com o apoio ou cumplicidade dos pais. Só pode ser influência ruim. Causa-me muita estranheza que os pais, principalmente os evangélicos, fechem seus olhos e se alienem quanto a este risco. Mais perplexo ainda eu fico quando evangélicos tentam até "cristianizar" estes ídolos, afirmando que eles são também evangélicos. Em suas cabeças não há mais motivo algum para preocupações. Alguns pais afirmam que é só uma fase que logo passará e acomodam-se permitindo que seus filhos fiquem expostos. Infelizmente, para muitos adolescentes e jovens é só o início de uma triste jornada de conformação aos valores mundanos que os afastarão cada vez mais de uma vida de autêntica comunhão com Deus (Romanos 12:2, I João 2:15-17).

            A música é muito poderosa para transmitir ideias e moldar comportamentos, pois ela está profundamente ligada aos sentimentos. A mensagem de sua letra e até as atitudes dos músicos podem ir direto aos corações e mentes dos ouvintes. Existem muitos adolescentes que procuram vestir-se e agir como seus ídolos musicais. Inegavelmente, a música é um fator decisivo nesse processo de identificação. Embora a possibilidade de produzir e apreciar música sejam uma dádiva de Deus, Satanás procura usar esse poder da música para seduzir as pessoas e destrui-las. Portanto, temos grande responsabilidade em relação à música que escolhemos para ouvir ou que produzimos. Devemos usar a música para a nossa edificação espiritual e para aproximar as outras pessoas de Deus.

            Lembro-me que quando era criança e meus irmãos mais velhos adolescentes, em nossa casa não faltava o que havia de melhor em música evangélica daquela época. Meu pai comprava discos com gravações de hinos orquestrados, negros espirituals, quartetos, solistas e corais. Ensinou meus irmãos a tocarem violão usando hinos e belas canções sacras. Frequentemente levava à nossa igreja grupos vocais e instrumentais que agradavam aos jovens. Nossos pais não nos proibiram de ouvir Beatles e outros astros da época, mas também deixavam bem claro que isto não era edificante para nós. Ir a um show? Sabíamos que nunca teríamos sua aprovação para algo tão incoerente com os valores cristãos que nos transmitiam. Louvo a Deus porque foram sempre amorosos, porém firmes e esclarecedores conosco, e o efeito do esperado e desejado em oração aconteceu. Fiz a minha escolha pela verdadeira música de Deus, produzida por servos de Jesus com o objetivo de glorifica-lo. Não quero música simplesmente para satisfazer minha necessidade estética. Quero música que me edifique e me conforme mais à vontade de Deus.

            Queremos o melhor para nossos filhos e estamos atentos quanto aos perigos evidentes ou imediatos, mas devemos lembrar que as estratégias que o inimigo usa são frequentemente muito sutis. Por isso, desejo desafiar os pais a serem mais vigilantes quanto à música, e não só isto, mas a usá-la positivamente para a conversão e edificação de seus filhos. Também quero lembrar aos jovens e adolescentes que precisam fazer uso de sua capacidade de escolha para escolher somente aquilo que traz crescimento espiritual, conforme a Bíblia nos exorta: "Todas as coisas são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas são lícitas, mas nem todas as coisas edificam." (I Coríntios 10:23). Apliquem este princípio bíblico também à música: decidam firmemente escolher somente a música que realmente nos edifica.
 
Dalton S. Lima

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